quinta-feira, 2 de junho de 2011

Menino é flagrado com arma e droga

Jovem de 12 anos estava com uma espingarda e porções de cocaína em Taubaté.

Aos 12 anos, ele já tem uma arma em punho, drogas no bolso e um destino incerto. Este capítulo da história  do jovem  H.H.M.V. acabou na noite de anteontem na Delegacia de Polícia , em Taubaté.
Ele teve que prestar esclarecimentos após ser recolhido por policiais militares com uma espingarda carregada, munição e cocaína.

O adolescente, morador do Parque Aeroporto, foi surpreendido pela Polícia Militar por volta das 19h20 da última segunda-feira enquanto caminhava pela avenida Charles Schneider, em um trecho próximo à empresa Malteria do Vale.

Acompanhado de outro jovem, H. foi abordado durante um patrulhamento de rotina realizado pela equipe da  ronda escolar. A arma, uma espingarda calibre 28, estava carregada. Com ele foram encontrados ainda um pino cheio de cocaína e mais um invólucro com a droga. O outro jovem fugiu em uma bicicleta ao avistar os policiais.

O material encontrado com o adolescente foi apreendido e a mãe dele chamada na noite de anteontem no 1º DP. Ele foi liberado e o caso encaminhado para o Conselho Tutelar. A investigação será conduzida pela Dise (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes) de Taubaté.

SuspeitoDe acordo com o capitão da 1ª Companhia de Polícia Militar, Warley Takeo Santos Miyake, a atitude do adolescente despertou a atenção dos policiais.

"Quando ele viu a aproximação da viatura, arremessou a arma por uma cerca, em um terreno vazio. Depois que encontramos a arma lá, o adolescente disse que não era dele e que o outro jovem era um desconhecido com quem apenas havia pego carona de bicicleta", afirmou o soldado Egídio de Alvarenga Filho, que atuou anteontem na apreensão do menor.
Casos representam desafio para  conselheiros tutelaresDe acordo com o Conselho Tutelar de Taubaté, casos como o do adolescente  H. representam um  grande desafio ao trabalho dos conselheiros.

"Casos como o dele, envolvendo principalmente drogas, começam às vezes na infância, com crianças a partir de 8 anos. Não há uma rede de proteção a esse menor no município. Os encaminhamentos que damos nem sempre são suficientes. Eles são atendidos uma vez por semana por psicólogos, por exemplo, e têm a rua para ficar a semana inteira", afirmou  o conselheiro tutelar Carlos Eduardo Pereira.

Já para o soldado Egídio de Alvarenga Filho, que atuou na equipe da Polícia Militar responsável por apreender o menor, o que chamou a sua atenção foram os “cacoetes” típicos de criminosos adultos que, supostamente, já teriam sido incorporados por ele.

"Parecia uma criança mesmo. Estatura baixa e magro, mas falava com muitas gírias e usou argumentos comuns aos usados por suspeitos em casos como o dele, em que é encontrada arma: negou que era dele", disse Alvarenga Filho.

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