domingo, 11 de novembro de 2012

Polícia fecha cerco aos líderes do PCC no Vale

Policial civil durante operação em Taubaté Foto: Rogério Marques

Policial civil durante operação em Taubaté
Operações com campana e policiais à paisana visam identificar e prender lideranças do crime

Taubaté

A Polícia Civil de Taubaté iniciou há três semanas uma séria de operações a fim de identificar e prender traficantes na cidade que teriam envolvimento com a fação criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
Segundo Juarez Totti, delegado da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Taubaté, policiais já identificaram pelo menos cinco pessoas ‘alvos’ das operações.
A ‘caça’ aos traficantes é realizada na maioria das vezes após horário de expediente dos policiais --noite e madrugada. Pelo menos 13 investigadores, além do delegado, participam das diligências. Segundo Totti, não há bairros específicos a serem mapeados, pois os criminosos estariam migrando.
“Nós temos umas cinco pessoas ligadas ao tráfico que teriam envolvimento com o crime organizado, já estivemos na casa de alguns, mas não foram encontrados pois quando alguém vê a polícia, eles são avisados.”
Ontem, uma operação que envolveu 12 policiais prendeu seis suspeitos na parte baixa de Taubaté.

Estratégia. Os policiais da delegacia de investigações gerais montaram estratégias após onda de ataques do PCC no Estado e possíveis avisos de que o Vale estaria na mira da facção.
As cidades da região foram palcos para uma série de ataques em 2006.
O delegado não divulgou como estão trabalhando para que não atrapalhe as operações, mas disse que os investigadores fazem trabalho de campo como dormir em bairros suspeitos, andar pelas ruas à paisana, coletar informações com moradores, entre outros. “Muitas denúncias de pessoas ligadas ao PCC e que agiriam em Taubaté chegaram para gente mas, até agora, é tudo fumaça, especulação”, disse.

Ataque. Em outubro, O VALE divulgou que uma denúncia encaminhada à Ouvidoria da Polícia do Estado que apontava ameaças contra a vida de oito policiais em Taubaté, cujas execuções teriam sido determinadas pelo PCC.
O ofício nº 5651 da Ouvidoria, encaminhado em setembro à Seccional de Taubaté, mostra que lideranças da facção teriam como alvos um delegado e quatro investigadores, além de três policiais militare.
A ordem teria partido de dentro da P-1 (Penitenciária Tarcizo Leonce Pinheiro Cintra) de Tremembé, por carta, e seria destinada ao líder do tráfico no Água Quente, Luan Richard de Souza, 19 anos. Desde julho, ele cumpre pena por homicídio, latrocínio e tráfico. A facção ainda determinava ‘atear fogo em ônibus na avenida Amador Bueno da Veiga’.

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